Medalha exibida por Bolsonaro no STF deve ser cassada pelo Comando do Exército no governo Lula caso ocorra punição militar
- 15/09/2025

Caberá ao Comando do Exército do governo do presidente Lula (PT) assinar a ordem de cassação da medalha Ordem do Pacificador que Jair Bolsonaro (PL) exibiu a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante seu interrogatório no julgamento da trama golpista. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Isso ocorrerá se Bolsonaro perder posto e patente do Exército, punição aplicada a qualquer militar que tenha condenação superior a mais de dois anos de prisão. Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos de cadeia pelo STF. [Correção: o blog errou ao informar que o presidente Lula assinará a cassação da Medalha Ordem do Pacificador do ex-presidente Jair Bolsonaro caso ocorra punição no Superior Tribunal Militar (STM). Na verdade, o ato da cassação é assinado pelo Comandante do Exército. O post foi atualizado às 21h.] Bolsonaro usou medalha recebida pelo pai de Mauro Cid Fellipe Sampaio/STF/Arte g1 A cassação da medalha é prevista no artigo 10 do decreto 4.207 de abril de 2002, assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela é feita pelo Comandante do Exército caso o militar seja considerado indigno do oficialato pelo Superior Tribunal Militar (STM). A medalha do Pacificador é uma das mais altas honrarias do Exército. Como o blog revelou, Bolsonaro a conseguiu por uma manobra do pai de Mauro Cid, o general Lourena Cid, para se livrar de um processo de racismo movido pela cantora Preta Gil. O ex-presidente estava sendo processado por racismo por ofensas contra a artista durante uma entrevista na TV. Bolsonaro deixa hospital após procedimento para retirar lesões da pele Em 2013, Bolsonaro pediu a Lourena Cid que usasse seu prestígio junto ao comandante do Exército da época, general Enzo, para que recebesse a medalha por ter salvado um soldado negro na década de 1970. Bolsonaro sempre alegou que o salvamento de um negro provava que ele não era racista. O fato é que, se Bolsonaro se omitisse no salvamento de um comandado durante um treinamento, ele teria cometido crime. Lourena era chefe de gabinete do comandante do Exército, general Enzo, que abriu uma sindicância para comprovar a veracidade da história. O general Enzo, no entanto, era contra a mistura das questões militares com a política e não quis dar a medalha. A história mudou quando o general Villas Boas assumiu o comando. Ele concedeu a graça destinada a pessoas que tenham se distinguido por "atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de vida". LEIA TAMBÉM STF condena Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão Com lei atual, Bolsonaro pode ficar inelegível até 2060; entenda o cálculo Onde Bolsonaro pode ficar preso? Conheça os possíveis cenários e relembre prisões de outros ex-presidentes Bolsonaro deixa hospital após procedimento para retirar lesões da pele; exame mostra anemia Pesquisa Datafolha: 50% apoiam prisão de Bolsonaro; 43% são contrários
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